Futurecom 2016: O Momento da Racionalização
Lá se foram 4 dias muito intensos, tanto na esfera de conteúdo e painéis, quanto de relacionamento e discussões.
Um assunto em especial foi recorrente, com muitas pessoas questionando: a Futurecom havia diminuído? Do ponto de vista de investimento nos estandes, a redução foi visível. Mas, do ponto de vista de participação e conversas, não houve retração. Ou melhor, diria até que as discussões foram mais profundas e ricas.
Não é novidade que as principais operadoras brasileiras estão com dificuldade para manter a sua lucratividade. Acrescente a isto a concorrência que vêm enfrentando sob novas formas, como OTTs, parcerias e concorrentes ao mesmo tempo, empresas de conteúdo e de TI que tem buscado criar suas infraestruturas próprias. Isso sem considerar a crise econômica pela qual o país vem passando que afeta todos os players do setor.
“O momento é de maior racionalização, e pede por conversas focadas em encontrar soluções efetivas e que tragam ganho de eficiência e competitividade.”
Desta forma, alguns assuntos parecem ter sido repriorizados, ou pelo menos redesenhados:
- Tecnologia: 5G parece ser algo que todos acham importante, mas preferem aguardar um pouco. O foco ainda é fazer o rollout da rede 4G, e não há previsão orçamentária para a nova rede. Ninguém parou de olhar, mas parece não haver pressa. Soluções de virtualização ganham atenção quando prometem flexibilidade com racionalização dos investimentos.
- Transformação Digital: as empresas estão tentando se reinventar, e todas já têm executivos para liderar a Transformação Digital. No entanto, o ponto chave é como essa transformação irá trazer ganho de eficiência operacional. Benchmarking são empresas como Facebook e Google, onde a relação entre profissionais de programação e operação é de 1 para milhões de usuários. Esse nível de eficiência e otimização requer investimentos em automação e, principalmente, de processos que reduzam a intervenção humana em cada etapa da experiência dos usuários com a empresa.
- Abordagem: para resolver os “novos problemas”, são necessárias novas tecnologias. Assuntos como Analytics e Cognição, por exemplo, ganharam muita atenção, especialmente pela promessa de suportar a transição para a nova era digital e trazer novas abordagens para a resolução de problemas.
- Falando dos clientes: há uma evolução consistente, levando a discussão de Qualidade de Serviço para a gestão efetiva da Experiência do Usuário. É necessário melhorar essa experiência, o que depende de rede, mas também do cuidado com cada ponto de interação com os usuários. Essa tendência é muito positiva, e tanto o mercado quanto os usuários agradecem essa tendência.
- IoT, parte 1: conceito disruptivo amplamente discutido como habilitador de novos casos de uso e até novas indústrias, mas que ainda encontra barreiras práticas para uma adoção mais veloz. E nesse contexto, chama a atenção a busca das operadoras por um maior destaque. Não querem fornecer apenas a conectividade.
- IoT, parte 2: há uma clara – e saudável – disputa com as concessionárias de energia pela liderança, contrapondo a infraestrutura de comunicação mais disponível das operadoras com a frente de SmartGrid e sinergia com outras utilities das concessionárias. Mas provavelmente a liderança será daquele que orquestrar melhor o ecossistema, oferecendo melhores condições para empresas e usuários. E essas empresas podem trabalhar juntas? Certamente. E a disputa, por hora, é saudável, pois estimula e acelera o desenvolvimento nesse mercado tão promissor.
Tendo em vista esse contexto, parece que a crise que enfrentamos nos últimos tempos está realmente contribuindo para uma maior racionalização, trazendo à tona discussões mais profundas sobre eficiência operacional, foco na experiência dos usuários e na ampliação de novos serviços suportados. E esse é um movimento muito positivo para o mercado como um todo.
CURTA NOSSA PÁGINA
VEJA TAMBÉM
Hiperautomação: porque esta é uma das principais tendências do Gartner e você deve saber mais sobre ela
A Hiperautomação está entre as 9 principais tendências tecnológicas do Gartner para 2021. Após aparecer pela primeira vez no relatório em 2020, a hiperautomação continua como tendência para o próximo ano, reforçando a necessidade das empresas olharem para automação de...
PIX acirra ainda mais a concorrência no Mercado Financeiro e por que o atendimento pode ser um diferencial?
O setor financeiro brasileiro está passando por significativas transformações por conta da introdução de novas tecnologias, regulamentações e, consequentemente, das novas demandas dos consumidores. No próximo mês de novembro a introdução do PIX irá elevar ainda mais a...
5 motivos para optar por um contact center na nuvem
Imagine uma central de atendimento de uma empresa de telefonia e internet. Neste contact center, o atendente tem que checar as informações dos clientes em vários sistemas diferentes (informações cadastrais, serviços contratados, status operacional dos serviços,...
Nova solução traz maior eficiência operacional para a virtualização das redes e para a era 5G
A IBM e a Red Hat estão trazendo para o mercado novas soluções que ajudarão empresas de telecomunicações na virtualização de suas redes, dando um passo à frente em direção à era 5G. A migração das redes de telecomunicações de um modelo tradicional, com equipamentos...
Como implementar um modelo de automação de sucesso?
Muito se fala em automação para a realização de tarefas que, antes, só poderiam ser feitas por seres humanos. Mas, ao aplicarmos tecnologias avançadas como Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, Robotic Process Automation (RPA) e Intelligent Business Process...
A importância de métricas na automação do atendimento
Analista de Dados Não é segredo pra ninguém que vivemos numa sociedade cada vez mais acelerada e com as novas gerações cada vez mais querendo tudo pra ontem, não é mesmo? Nesse cenário, as empresas precisam se adaptar para fornecer respostas rápidas na comunicação,...

0 comentários