Meios de pagamento e serviços digitais
CIAB continua fervilhando. Além dos assuntos do primeiro dia, ganharam destaque os temas de meios de pagamento eletrônicos e serviços digitais.
Meios de pagamento eletrônicos
O mercado brasileiro é pioneiro na adoção de algumas relevantes tecnologias associadas a meios de pagamento como cartões com chip e cartões múltiplos (crédito e débito ao mesmo tempo).
Pagamentos eletrônicos são tão relevantes para nossa economia, que o Banco Central divulgou dados que indicam que mais de 50% do crédito para consumo advém de financiamento no cartão de crédito.
A despeito destes fatos, acredita-se que exista um mercado inexplorado gigantesco, incorporando small tickets (até R$5,00 ou R$10,00), segmentos de saúde e seguros, pagamentos ao governo (B2G), entre muitos outros.
A cadeia de valor dos pagamentos eletrônicos está estabelecida e envolve diversos players, incluindo bandeiras, adquirentes e emissores, os quais apoiam-se em (e suportam) padrões tecnológicos, bem como contratos e processos operacionais definidos. Sua fundamentação reside em confiança e segurança.
Existe grande discussão acerca da aplicação de novas tecnologias neste mercado. Em especial, a evolução do IoT (Internet das Coisas) promete abrir novas formas (mais convenientes?) de se fazer pagamentos. Num horizonte projetado de até 50 bilhões de devices conectados em 2020, pode-se sonhar em pagar um café com seu relógio, fazer compras de alimentos a partir de sua geladeira, pagar pela gasolina ou pedágio com seu carro conectado. Usabilidade e conveniência são as palavras da moda.
Seriam estas tecnologias catalisadoras de disrupção desta indústria? Os players atuais acreditam que não. Eles sustentam que o modelo estabelecido – alocação de crédito, o capital investido, os padrões adotados e a segurança resultante – conseguem assimilar as novas tecnologias e avançar na frente da conveniência, sem serem ameaçados pelas fintechs (novos entrantes). Eles estão certos?
Adicione-se à experiência do usuário o outro Santo Graal das fintechs: a desintermediação financeira com redução das tarifas associadas. Afinal, há que se admitir que o custo dos pagamentos eletrônicos ainda é elevado no Brasil; quem nunca recebeu uma oferta de desconto para pagamento em dinheiro?
Seria possível entregar comodidade e segurança, sem o overhead do modelo estabelecido? A tecnologia de Blockchain ainda não é capaz de atender todo este mercado em seu atual estado de evolução; mas, e no futuro?
Interoperabilidade, segurança, conveniência e custo são alguns dos elementos que o móbile do sistema de pagamentos tenta equilibrar. Se o ponto de equilíbrio futuro será o mesmo do presente, saberemos em breve…
Serviços digitais
A digitalização da indústria começa a se traduzir em novos serviços. Alguns deles nascem nos próprios bancos, impulsionada pelos dispositivos móveis e seus apps.
O Itaú lança novas versões de seu mobile banking a cada duas semanas, e ainda libera apps “menores” para transações comuns como tokpag (transferência de valores), pagcontas (pagamento de boletos) e seu cartão virtual (compras seguras na Internet).
A ideia é atender uma sociedade que está em transformação, que valoriza cada vez mais seu tempo, que tem grande mobilidade urbana, e que busca novas experiências de consumo.
Mas os serviços digitais também atingem indústrias adjacentes, como a de telecomunicações. A internet patrocinada é um exemplo de parceria entre estas indústrias. Num exemplo prático, a Vivo (operadora de telecomunicações) não debita da franquia ou cobra de um pré-pago o tráfego de dados direcionado ao site do Bradesco (instituição financeira) ou oriundo de seu aplicativo móvel (mobile banking).
Novas ofertas de serviço e novos modelos de negócios vão se moldando a uma realidade em mutação, a uma sociedade pulsante e em rápida transformação. Oportunidades são identificadas para atender necessidades outrora latentes. Ousadia e criatividade devem imperar.
CURTA NOSSA PÁGINA
VEJA TAMBÉM
Hiperautomação: porque esta é uma das principais tendências do Gartner e você deve saber mais sobre ela
A Hiperautomação está entre as 9 principais tendências tecnológicas do Gartner para 2021. Após aparecer pela primeira vez no relatório em 2020, a hiperautomação continua como tendência para o próximo ano, reforçando a necessidade das empresas olharem para automação de...
PIX acirra ainda mais a concorrência no Mercado Financeiro e por que o atendimento pode ser um diferencial?
O setor financeiro brasileiro está passando por significativas transformações por conta da introdução de novas tecnologias, regulamentações e, consequentemente, das novas demandas dos consumidores. No próximo mês de novembro a introdução do PIX irá elevar ainda mais a...
5 motivos para optar por um contact center na nuvem
Imagine uma central de atendimento de uma empresa de telefonia e internet. Neste contact center, o atendente tem que checar as informações dos clientes em vários sistemas diferentes (informações cadastrais, serviços contratados, status operacional dos serviços,...
Nova solução traz maior eficiência operacional para a virtualização das redes e para a era 5G
A IBM e a Red Hat estão trazendo para o mercado novas soluções que ajudarão empresas de telecomunicações na virtualização de suas redes, dando um passo à frente em direção à era 5G. A migração das redes de telecomunicações de um modelo tradicional, com equipamentos...
Como implementar um modelo de automação de sucesso?
Muito se fala em automação para a realização de tarefas que, antes, só poderiam ser feitas por seres humanos. Mas, ao aplicarmos tecnologias avançadas como Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, Robotic Process Automation (RPA) e Intelligent Business Process...
A importância de métricas na automação do atendimento
Analista de Dados Não é segredo pra ninguém que vivemos numa sociedade cada vez mais acelerada e com as novas gerações cada vez mais querendo tudo pra ontem, não é mesmo? Nesse cenário, as empresas precisam se adaptar para fornecer respostas rápidas na comunicação,...

0 comentários